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Startup de IA nasce a partir de pesquisa de doutorando da PUCRS

Durante seu projeto de pesquisa, o doutorando da Escola Politécnica da PUCRS, Henrique Dias, criou a Noharm.ai. Desenvolvida em conjunto com a farmacêutica do Grupo Hospitalar Conceição, Ana Helena Ulbrich, a startup desenvolveu uma inteligência artificial capaz de ler 800 medicamentos e analisar 500 mil prescrições em segundos, trazendo mais agilidade e segurança na tomada de decisão farmacêutica. Nesse momento de pandemia por conta da Covid-19, a startup fechou uma parceria com o Centro de Inovação da Santa Casa e com o Hospital Mãe de Deus. A Noharm.ai é parceira da NAVI, Hub de Inteligência Artificial localizado no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A NAVI é uma iniciativa do Parque com a Wisidea Ventures.





Segundo a orientadora de Dias e professora da Escola Politécnica da PUCRS, Renata Vieira, o aluno sempre procurou associar sua pesquisa aos problemas reais enfrentados nos hospitais, procurando soluções que pudessem trazer diferenças positivas na área da gestão de eventos adversos. Outra característica do trabalho foi o empenho em buscar parcerias, reconhecendo que a pesquisa é interdisciplinar. “Uma dessas parcerias foi estabelecida com a Professora Janete de Souza Urbanetto e sua equipe de pesquisa no Programa de Pós Graduação em Gerontologia Biomédica. Janete é especialista nos estudos de eventos adversos relacionados a quedas”, comenta Renata. 


A professora ainda explica que outro evento adverso estudado pelo aluno está relacionado aos problemas de inadequação em prescrições médicas. Com esse último, ele observou uma possibilidade de implantação de sistemas em hospitais da região e isso incentivou a criação da NoHarm.ai. “A parceria com hospitais também contribui para a qualidade ao trabalho de pesquisa, pois a experiência de implantação servirá como uma maneira inédita de avaliar o impacto das tecnologias desenvolvidas. Essas relações interdisciplinares e com outros setores são muito importantes para o desenvolvimento do Grupo de Inteligência Artificial na Saúde do Programa da Pós Graduação em Ciência da Computação da PUCRS”, complementa a professora.


O desenvolvimento

Henrique Dias e Ana Helena Ulbrich idealizaram a startup e se juntaram a mais sete voluntários para terminar o desenvolvimento do sistema e colocar a pesquisa em prática, impactando a vida dos pacientes. Os Hospitais Mãe de Deus e Santa Casa, ambos de Porto Alegre, abraçaram o projeto e decidiram implantar o sistema na rotina diária da farmácia clínica. Hoje, as duas instituições estão validando a solução em setores de cardiologia – que somam mais de 120 leitos – para fazer a priorização de triagem, gerar alertas de prescrição inadequada e relatórios de eficiência. Desta forma, o sistema contribui para o trabalho dos farmacêuticos e proporciona mais segurança aos pacientes.


Como funciona a tecnologia?

A NoHarm.ai, em cooperação com a Santa Casa e o Hospital Mãe de Deus, desenvolveu dois algoritmos para automação da triagem farmacêutica: enquanto o primeiro faz a priorização das prescrições fora do padrão, o outro trabalha na  identificação de pacientes críticos. O sistema indica onde estão os potenciais erros de prescrição, aumentando a qualidade assistencial e a eficiência hospitalar.


A NoHarm.ai

O foco da startup é levar a melhoria do cuidado aos pacientes de forma gratuita para o Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS) . A estratégia prevê que os leitos do SUS terão acesso a solução gratuitamente, enquanto os leitos privados trazem a receita necessária para manter a operação da empresa. Além do desenvolvimento de sistema, a NoHarm.ai se dispõem a efetuar o treinamento dos farmacêuticos para melhor atuação na farmácia clínica e se dedica a manter uma ligação muito forte com as universidades, se relacionando com os grupos de pesquisa, a fim de gerar novas soluções.



 

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